“O primeiro âmbito da cidade dos homens iluminado pela Fé é a Família”, pode-se ler na encíclica a Luz da Fé, do Papa Francisco. São várias as realidades do mundo contemporâneo que necessitam de ser vividas e refletidas à luz da fé. Isto é, que necessitam urgentemente de se deixarem possuir pela Fé. Chamo à atenção que a família nascida “de uma união estável do homem e da mulher, no matrimónio… que nasce do seu amor, sinal da presença do amor de Deus…” é chamada a assumir a sua beleza e encanto. A beleza e encanto, pois criada por Deus. Necessitamos todos e para todos os âmbitos da sociedade, de redescobrir a beleza do amor, um amor fiável. porque só este é capaz de valer apena viver e entregar-se por ele. Assim na família, hoje tanto amada e tão destruída.

O próximo ano é dedicado à família. Também na Igreja. Assim acontecerá no próximo Sínodo dos Bispos a realizar em outubro de 2014. Para tal, o Papa Francisco enviou a toda a Igreja o “Documento Preparatório” do próximo Sínodo dos Bispos sobre “Os desafios pastorais da família, no contexto da evangelização”. São várias as questões a abordar: “União de pessoas do mesmo sexo”, “Educação dos filhos no contexto de situações matrimoniais irregulares”, “Matrimónio segundo a lei natural” e “Pastoral para enfrentar algumas situações matrimoniais difíceis”. Para ajudar a reflexão, o Secretariado Geral do Sínodo organizou um questionário, com cerca de 35 perguntas, divididas em 9 itens: “Difusão da Sagrada Escritura e do Magistério da Igreja, a propósito da família”, “Pastoral da Família no contexto da evangelização”, “Abertura dos esposos à vida”, “Relação entre a família e a pessoa” e “Outros desafios e propostas”. Estes são outros temas para os quais se solicita o parecer de toda a Igreja.

Todos já sabemos que a família para todos os cursilhistas é o primeiro ambiente da sua inserção apostólica. Também sentimos que a família de todos nós necessita, cada vez mais, de se reencontrar com a sua verdadeira fonte, pois, “o seu (família) fundamento encontra-se na fidelidade de Deus que é mais forte do que toda a nossa fragilidade”. Desde já rezemos pela família. Depois partilhemos uns com os outros as nossas alegrias e dificuldades, esperanças e angústias da família que somos. Finalmente, partilhemos com a Igreja o resultado desta nossa oração e reflexão. Desta maneira viveremos em comunhão eclesial.

Outubro 2013

Pe José Lopes Baptista

© 2022 MCC - Diocese do Porto