Acaba o Papa Francisco de dar a primeira entrevista após a sua eleição. Convido a todos a lê-la. Dá-nos não só um modelo de Igreja, mas aborda sobretudo assuntos a ter na devida atenção por todos nós.

Quer o Papa Francisco recentrar a Igreja no essencial, isto é, no Evangelho. E falando do anúncio e da sua essência, partilha connosco que tudo aquilo que “mais (o) aproxima e atrai, aquilo que faz arder o (seu) coração” é o Evangelho. Chama-nos, todavia, a atenção para que não “se perca a frescura e o perfume do Evangelho.” Pelo contrário, “a proposta evangélica deve ser mais simples, profunda e irradiante.”

Um dos seus temas preferidos diz respeito à missão da Igreja. Toda ela tem de se voltar para o outro. Assim a Igreja, cada vez mais, deve “sair de si mesma e ir ao encontro de quem não a frequenta, de quem a abandonou ou lhe é indiferente”. Porém chama-nos à razão, pois mais do que julgá-los, o que importa é acolhê-lo e integrá-los na vida da igreja: “quem a abandonou fê-lo, por vezes, por razões que, se forem bem compreendidas e avaliadas, podem levar a um regresso”.

Todos, neste ano que começa, iremos com Cristo sair das nossas casas e percorrer os caminhos dos Homens para fazer pré cursilho. Não podemos ficar descansados. Se cada um de nós não sair de si mesmo para fazer pré cursilho, então estaremos a defraudar Jesus e a Igreja. Tudo porque esta é a nossa missão.

Setembro 2013

Pe. José Lopes Baptista

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